domingo, 19 de maio de 2019

SOCIÓLOGOS IMPORTANTES / KARL MARX, ÉMILE DURKHEIM E MAX WEBER

KARL MARX

O pensador alemão Karl Marx (1818-1883) contribuiu significativamente para o desenvolvimento da Sociologia, apesar de não ter utilizado este termo em nenhuma parte de sua obra. Seu objetivo maior foi o de estudar a sociedade de seu tempo – a sociedade capitalista – e propor uma ampla transformação econômica e social. No entanto, para entender o capitalismo e a natureza da organização econômica, Marx desenvolveu uma teoria abrangente com o propósito de explicar todas as formas produtivas criadas pelo ser humano: o materialismo histórico. De acordo com o materialismo histórico, a estrutura de uma sociedade reflete a forma como os seres humanos organizam a produção social de bens. Para Marx, o estudo do modo de produção é fundamental para compreender como se organiza e funciona uma sociedade. Assim, as relações de produção devem ser entendidas como as mais importantes relações sociais. A organização familiar, a religião, as leis, as ideias políticas e os valores sociais, por sua vez, devem ser encarados como fenômenos cuja explicação depende do estudo do desenvolvimento e do colapso dos diferentes modos de produção. Embora não tenha origem acadêmica, o materialismo histórico constitui uma das mais importantes contribuições para o desenvolvimento das ciências sociais.Embora não tenha origem acadêmica, o materialismo histórico constitui uma das mais importantes contribuições para o desenvolvimento das ciências sociais. Dentre suas principais contribuições para a teoria sociológica estão: o enfoque totalizante do social, a abordagem do conflito, a relação entre consciência e realidade e a inserção do ser humano e de sua práxis na sociedade. As ideias de Marx, sobretudo as referentes à prática política e revolucionária, tiveram ampla aceitação ainda durante sua vida. 
Tanto é que já em 1864, na cidade de Londres, Karl Marx e Friedrich Engels – companheiro em grande parte de suas obras – organizaram a Primeira Internacional, associação que teve como propósito a organização e a defesa dos operários em nível internacional.

 




Émile Durkheim


Embora Comte seja considerado o pai da Sociologia, Émile Durkheim (1858-1917) é reconhecido como o autor que mais se esforçou para emancipar a Sociologia das demais ciências sociais e para constituí-la como disciplina rigorosamente científica. Bastante influenciado pelo Positivismo, Durkheim publicou, em 1895, As regras do método sociológico, onde, a partir do estudo dos fatos sociais como “coisas”, definiu o objeto da Sociologia e as bases de sua metodologia. Durkheim se distinguiu dos demais positivistas porque suas ideias transcenderam o nível de reflexão filosófica e passaram a constituir um conjunto sistemático de pressupostos teóricos e metodológicos sobre toda a sociedade. Foi ele quem realmente abandonou a especulação dos positivistas e apresentou a Sociologia como uma ciência rigorosa, centrada na verificação de fatos que poderiam ser observados, mensurados e relacionados mediante dados coletados diretamente pelos cientistas. Sua obra O suicídio, de 1897, é considerada uma das pioneiras da investigação social empírica. Nela, Durkheim, com base na análise de dados obtidos em registros documentais, demonstra como a ocorrência do suicídio varia inversamente ao grau de integração do grupo social do qual o indivíduo faz parte.








     


Max Weber



Max Weber (1864-1920) é o consolidador da Sociologia na Alemanha. Suas ideias, que abarcam assuntos variados nos domínios da Economia, Sociologia, Direito, Ciência Política, dentre outros, continuam a influenciar muitos sociólogos contemporâneos. Dentre suas principais obras, estão: A ética protestante e o espírito do capitalismo e Economia e sociedade.

Diferentemente do modelo proposto pelo Positivismo, Weber não analisa as regras e normas sociais como “coisas” exteriores aos indivíduos. Pelo contrário, segundo seu mé- todo, as normas e regras sociais devem ser entendidas como o resultado do conjunto de ações individuais. Weber enfatiza o papel ativo do pesquisador em face da sociedade. Por essa razão é que seu modelo teórico não admite ser possível a neutralidade completa do cientista em relação à sociedade.



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